Arquivo da categoria: Filmes Live Action

CANTINHO DO SENNA 011 – DEADPOOL e DEADPOOL 2 (Filmes Live Action)

Filme Live Action/Nome Original: Deadpool
País: EUA
Gêneros: Comédia / Ação / Aventura
Ano: 2016
Produtoras: Marvel Entertainment / Kinberg Genre / The Donner Company / TSG Entertainment
Duração: 1h 48m
Direção: Tim Miller
Roteiro: Rhett Reese / Paul Wernick
Produção: Simon Kinberg / Ryan Reynolds / Lauren Shuler Donner
Edição: Julian Clarke
Elenco Principal: Ryan Reynolds / Morena Baccarin / Ed Skrein / T. J. Miller / Gina Carano / Leslie Uggams / Brianna Hildebrand

 


Por que recomendar um filme como Deadpool? Bem, os tempos que estamos vivendo podem falar por si. Acho que todos nós precisamos de um certo escape da vida real para rir de vez em quando, e neste momento ainda de pandemia e novo aumento dos casos do maldito vírus, Deadpool se torna uma boa válvula. E que bom que temos dois filmes para curtir.
E para quem já viu, “vale a pena ver de novo”, não é mesmo?


SINOPSE: Wade Wilson é um ex-militar que trabalha como mercenário e que frequenta o bar de seu amigo Weasel. Um dia a acompanhante Vanessa entra no bar e ela e Wade acabam se envolvendo romanticamente, e um ano depois ela aceita sua proposta de casamento. No entanto, Wade é diagnosticado com câncer em estado terminal e tem pouco tempo de vida.



Bem, sobre o primeiro filme do Deadpool, se por acaso eu tivesse que resumir, eu diria apenas que é MUITO, mas MUITO ENGRAÇADO! O que me surpreendeu neste filme foi a capacidade da produção de criar um roteiro que parece ser ‘nada com nada’ e conseguir nos trazer algo tão engraçado e criativo. A edição/montagem do filme foi simplesmente excelente. Além de tudo isso, temos um herói (quer dizer, um herói não! XD) que acaba por ajudar o filme no quesito comédia, pois ele por si só já é bastante engraçado. Foi um belo trabalho de Reynolds. E também temos a bela atriz brasileira Morena Baccarin, que já tinha ganhado bastante destaque com a série GOTHAM, roubando bem a cena no papel de Vanessa.

Se não ligarem para ‘palavrões’ que aparecerão no decorrer do filme, recomendo (e muito) este filme, pois ele não tem um herói comum (a cena do “grandalhão de ferro” fazendo um poético discurso para o Deadpool e o que acontece antes do discurso terminar, é simplesmente hilariante…kkkk), o filme não é um filme comum de heróis/super-heróis, e você não verá a salvação do mundo ou coisas do tipo, você verá um filme que é mais de comédia do que qualquer outra coisa, do começo ao fim… ou seja, acho que mesmo para quem não gosta de filmes de heróis/super-heróis ou simplesmente não suporta esta atual leva de filmes desse tipo que estamos vendo desde a última década (e eu sou uma dessas pessoas), Deadpool será uma excelente pedida ‘escapista’. É um filme que é do gênero herói/super-herói, mas ao mesmo tempo foge desse gênero. Vale mesmo a pena!
E ainda por cima, tal como ocorre nos gibis do anti-herói da Marvel, Deadpool extrapola a quarta parede das telonas… e isto deixa a coisa toda ainda mais engraçada do que apenas assistir o filme =D. Aliás, eu não sei como Deadpool não foi visto por mais pessoas nos cinemas à época… Será que foi a restrição??

 


Filme Live Action/Nome Original: Deadpool 2
País: EUA
Gêneros: Comédia / Ação / Aventura
Ano: 2018
Produtoras: Marvel Entertainment / The Donners’ Company / Genre Films
Duração: 1h 59m
Direção: David Leitch
Roteiro: Rhett Reese / Paul Wernick / Ryan Reynolds
Produção: Simon Kinberg / Ryan Reynolds / Lauren Shuler Donner
Edição: Craig Alpert / Michael McCusker / Elísabet Ronaldsdóttir / Dirk Westervelt
Elenco Principal: Ryan Reynolds / Morena Baccarin / Josh Brolin / T. J. Miller / Zazie Beetz / Julian Dennison / Brianna Hildebrand



O segundo filme já começa com tudo quando ainda no pôster promocional colocaram a frase “Do Estúdio que Matou Wolverine”, já fazendo referências ao primeiro filme entre outras situações. Esta segunda película do anti-herói boca suja explora mais ou menos as mesmas situações do primeiro, mas os caras conseguiram se reinventar e Deadpool 2 é tão bom (ou ainda melhor, para algumas pessoas) quanto o seu antecessor. Mas deixo essa análise final para vocês. =)
O certo é que novamente podemos ver, além do anti-herói que veste vermelho por causa de uma certa particularidade, uma série de situações cômicas, bons personagens e boas sequências de ação.

Como eu disse certa vez numa Shinzenna, Deadpool 2 mantém o ótimo padrão e ritmo do primeiro, com boa dose de ação, bastante comédia, e bastante comédia permeando bem as cenas de ação. Além disso é permeado de referências, inclusive do Universo DC, que nos fazem rir bastante durante todo o filme.
Dito isso, não há muito mais o que dizer sobre o segundo filme sem ficar enrolando, divirtam-se.
E não colocarei sinopse de Deadpool 2 aqui porque isso é totalmente desnecessário, né?
Enfim, valeu @Rukasu-kun! Quando iremos ver o(s) filme(s) de novo? kkk

 

Conceito do : RECOMENDADÍSSIMO, mas com restrições.

É isso, ~PYON! =D
E com um “Grande Poder vem uma Grande Irresponsabilidade”!

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SHINZO Fansub, corrigindo SEUS erros através da penetração
e aumentando a qualidade dos animes distribuídos no Brasil!!”

CANTINHO DO SENNA 010 – TUDO POR ELA (Filme Live Action)

Filme Live Action: Tudo por Ela
Nome Original: Kanojo
País: Japão
Gêneros: Drama / Romance / Thriller Psicológico
Ano: 2021
Produtora: Netflix
Duração: 2h 22m
Criação Original: Ching Nakamura (mangá “Gunjou”)
Direção: Hiroki Ryuichi
Roteiro: Nami Sakkawa
Elenco Principal: Kiko Mizuhara / Honami Sato / Yoko Maki / Anne Suzuki / Tetsushi Tanaka / Shinya Niiro / Shunsuke Tanaka / Setsuko Karasuma / Sara Minami / Yui Uemura

 

CDS 010 - Tudo por Ela01
Devo começar este post avisando logo de cara que este filme não tem classificação livre, muito pelo contrário. Haja vista que há alguma violência e alguma nudez, corpos nus ou seminus “perambulando” pela tela, o filme é classificado para maiores de 18.
E em segundo lugar, assim como aconteceu com N.O.E, agradecer o amigo @Vitão pela recomendação desta bela película japonesa, que por acaso já assisti duas vezes. Valeu meu amigo! /o/

 

SINOPSE: “Rei, uma lésbica de 20 e poucos anos, ajuda a mulher de seus sonhos a escapar do marido violento. Durante a fuga, uma confusão de sentimentos é aflorada em ambas e um misto de emoções se instala entre as duas.”

CDS 010 - Tudo por Ela02
A primeira coisa que foi me passando pela cabeça do meio para o final do filme é que um filme um tanto quanto surpreendente, por 2 básicos motivos: muitos temas um tanto quanto delicados abordados de uma vez só, em especial o tema da homossexualidade; e por tudo isso estar num filme JAPONÊS, país que sabidamente tem uma sociedade (bem) machista.

– Abuso dentro da relação;
– Sofrimento feminino com violência doméstica masculina, seja enquanto mães, cônjuges ou filhas;
– Busca/Perseguição de um amor/sentimento não mútuo a qualquer custo;
– Lesbianismo;
– Prostituição(???);
– Amor não correspondido;
– Troca de favores envolvendo sexo;
– Traição;
– Machismo;
– Tabu da homossexualidade entre um(a) filho(a) japonês(a) e seus pais;
– E em contrapartida com o tabu supracitado, temos uma Mudança de Paradigma na relação cordial e normal entre uma pessoa japonesa homossexual e seus pais, que entenderam e aceitaram a situação.
CDS 010 - Tudo por Ela03
No mundo atual (2021) onde alguns desses temas estão cada vez mais presentes todos os dias em jornais e em diversos locais internet afora, ter um filme como esse sendo produzido por japoneses é algo realmente bem interessante.
Ah sim, fiquei bem intrigado acerca do mangá do qual o filme é adaptado. Sei que o mesmo tem 3 volumes, com uns 30 e poucos capítulos, e isso me faz crer que a história seja bem fechadinha e que o filme adaptou muito bem a obra original.

 

Sobre o elenco, foram todos muito bem para um filme japa de drama, especialmente as atrizes que protagonizaram a história. Foi tudo muito convincente, eu vi muita verdade nas atuações das meninas, em especial na da Mizuhara. Nesse sentido, há uma cena de banheira muito emblemática dentro do filme, fiquem atentos.
CDS 010 - Tudo por Ela05
Tenho apenas duas pequenas críticas negativas sobre o filme: uma é quando duas personagens param numa lanchonete japa e fazem o pedido enquanto conversam tranquilamente sobre um assunto que não era para ser conversado daquele jeito, demonstrando uma ingenuidade que não condiz com a situação; e a outra é relacionada com uma notinha fiscal, que vocês só vão entender se (e quando) assistirem o filme. Tem uma situação envolvendo um personagem chamado Masato, mas que dá para relevar por ser mais uma questão de como eu entendi a cena, e não é nada tão absurdo que tire pontos do filme.

 

CDS 010 - Tudo por Ela06
É um excelente filme, e talvez bastante transgressor. Para alguns pode parecer exagero usar a palavra transgressor, por vivermos num país bastante liberal, mesmo que aqui ainda exista uma grande carga de machismo por aí (e mesmo que esse machismo seja velado), mas devemos ressaltar que o Japão é um país sabidamente machista, e um filme desse tipo, que toca em todos esses pontos citados ao mesmo tempo, seja superficial ou mais profundamente, ser produzido por japas (por mais que tenha a Netflix como empresa produtora e distribuidora mundo afora) para mim é algo bem transgressor em relação à sociedade japonesa como ela é conhecida até o momento, mesmo que estejamos em 2021. Ao que parece, este filme nos mostra que as coisas por lá podem estar mudando aos pouquinhos.

 

Para finalizar, como vi em algum lugar pela internet, uma boa síntese em uma pequena frase para o filme é: “uma viagem caótica”. E não que isso seja ruim, muito pelo contrário, pois o filme não se perde em momento algum em relação aos temas citados mais acima. Eu achei o filme bem pé no chão, muito competente no que se propôs a mostrar, muito interessante e muito bom tecnicamente. Não vou deixar nenhum trailer porque o trailer oficial da Netflix tem MUITO spoiler, mas se quiserem correr o risco é só procurarem por aí, é bem fácil achar.
CDS 010 - Tudo por Ela04

 

Conceito do : MUITO RECOMENDADO, mas com restrições.

É isso, ~PYON! =D
E como disse uma certa personagem: “Eu vou te esperar!”

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CANTINHO DO SENNA 008 – FORD x FERRARI (Filme Live Action) (e uma homenagem a Ayrton Senna)

Filme Live Action: Ford vs. Ferrari / Ford x Ferrari
Nome original: Ford v Ferrari
País: EUA
Gêneros: Ação / Aventura / Drama Biográfico
Ano: 2019
Produtora: 20th Century Studios / Chernin Entertainment
Duração: 2h 32m
Direção: James Mangold
Roteiro: Jez Butterworth / John-Henry Butterworth / Jason Keller
Produção: Peter Chernin / Jenno Topping / James Mangold
Edição: Michael McCusker / Andrew Buckland
Elenco Principal: Matt Damon / Christian Bale / Caitriona Balfe / Jon Bernthal / Tracy Letts / Josh Lucas / Noah Jupe / Remo Girone / Ray McKinnon

 

 

CDS 008 - Senna
Ontem foi o dia do passamento do nosso tão querido e amado Ayrton Senna da Silva, que diferentemente do funk de 1996, NÃO “era só mais um Silva”, não era funkeiro e nem pai de família, mas a estrela brilhava, e brilhava muito! Em embates memoráveis com outros excelentes pilotos da época, nos deu inúmeras alegrias em antigas manhãs de domingo ao ganhar várias corridas de Fórmula 1, algumas delas de forma magistral, incluindo duas delas em solo brasileiro (a de 1991 de maneira tão épica que talvez tenha sido A vitória da carreira dele).
Este post, que era para ter saído ontem e tem tudo a ver com ele, fica aqui como minha pequena, singela e humilde homenagem a Ayrton Senna da Silva, ídolo, lenda, campeão “apenas” três vezes, mas simplesmente o melhor piloto de F1 de todos os tempos.

 

 

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SINOPSE: Em 1963, depois de Henry Ford II fazer um discurso na fábrica da Ford sobre seus funcionários apresentarem novas ideias para a marca, Lee Iacocca leva até Ford II um projeto de carros de corrida com o objetivo de comprar esse braço automobilístico da Ferrari. O plano dá errado e ao voltar aos EUA, Lee conta exatamente como foram as conversas na Itália. A partir disso, Henry Ford II fica com “fogo nos olhos” e manda Lee contratar pessoas especializadas para fazer com que a Ford pudesse vencer a Ferrari. A partir daí, uma excêntrica e determinada equipe de engenheiros e designers estadunidenses, liderada pelo visionário automotivo e ex-piloto vencedor de Le Mans, Carroll Shelby, e seu piloto britânico Ken Miles, entra na empreitada com a missão de construir um carro de corrida para a Ford com potencial para derrotar a Ferrari, dentro de território europeu, na tradicional prova 24 Horas de Le Mans, corrida que a dominante equipe italiana havia ganhado por 5 anos consecutivos (de 1960 a 1964).

 

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Falando dos atores e da atriz:
– Jon Bernthal, o Shane na série “The Walking Dead” e o Justiceiro nas séries “Demolidor” e “Justiceiro”, encarna bem o elegante e um tanto quanto audaz executivo da companhia Ford.
– Josh Lucas encarna de maneira excelente um chato, irritante e bastante odioso executivo da Ford. Quando você começa a ficar puto com a “pessoa” em frente à sua tela e a proposta para o personagem era exatamente essa, é sinal de que o ator está realmente muito bom no papel. E para mim, Josh Lucas foi isso em Ford x Ferrari. A atuação dele foi tão boa na minha opinião que eu poderia colocá-lo rivalizando com Matt Damon, que estrela o filme junto com Christian Bale.
– Matt Damon é Carroll Shelby, um ex-piloto vencedor das 24 Horas de Le Mans, que com um problema numa válvula cardíaca precisou se aposentar e agora virou um vendedor de carros. Está muito bem no papel, como normalmente acontece. É difícil ver algum filme de Matt Damon em que a atuação dele esteja apenas razoável ou abaixo disso, normalmente é no mínimo uma boa atuação e aqui não é diferente.
– Christian Bale será por muito tempo lembrado por muitas pessoas como o melhor Batman já feito, pela trilogia do Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan, apesar de eu achar o Michael Keaton em pé de igualdade com ele, mas ele tem muitos papéis diversifcados em sua carreira, e Ford x Ferrari é mais um bom filme nessa lista. Bale já foi um super-herói, um vigarista numa comédia dramática, um viciado, e aqui se mostra um ótimo piloto. Aliás, foi por uma dessas atuações que ele ganhou a maior quantidade de prêmios de sua carreira, incluindo talvez a mais importante delas, o Oscar, por The Fighter. Será que ele daria um bom James Bond também? xD
– Tenho que destacar também Caitriona Balfe. Como única mulher no elenco principal, ela consegue fazer sua personagem não apenas ter seus momentos de brilho, como também roubar um pouco o brilho dos caras ao redor. Inclusive uma das cenas de destaque do filme é justamente com Molly, sua personagem, em companhia do personagem de Bale. Além disso temos uma outra cena bastante engraçada dela com Bale e Damon.
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A pessoa que está trabalhando como um crítico profissional de cinema e diz que este filme é “apenas um monte de carros acelerando para lá e para cá” ou que é “apenas uma corrida de carros”, na minha humilde opinião deveria rever seus conceitos sobre continuar trabalhando como crítico profissional, sério mesmo. Falo isso sem querer de modo algum ser presunçoso, porque a pessoa não conseguir enxergar os dramas de Molly, Ken e Shellby, quer os conceitue como pequenos dramas ou grandes, é muita preguiça ao se analisar o filme ou é de uma superficialidade bizarra na análise por não gostar de automobilismo ou desse tipo de filme… O próprio Peter tem os seus momentos de drama bem claros e visíveis e a pessoa diz que o filme é apenas um monte de carros numa corrida qualquer?… Ao final do filme, fico com a certeza ainda maior de que essa é uma análise muito simplista e até vazia, pois a história do filme é muito bem construída e se passa de forma simples, clara e objetiva, e até mesmo quem não entende muito desse universo de carros (esportivos) ou de corridas, não ficará perdido, pois o filme é feito para todo mundo, sejam fãs de automobilismo ou não. Mas talvez seja exatamente por se tratar de uma história que é contada de forma simples que a análise de alguns sobre o filme seja simplista demais, o que é um notório erro…


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Tem uma situação no filme que até mesmo lembra a canalhice ferrarista de 2002 no GP da Áustria com o Rubinho Barrichello. Quem conhece a história vai entender do que estou falando, e quem viu com seus próprios olhos (em especial ao vivo, pela TV ou in loco) vai ficar putaço caso tenha se apegado ao personagem que sofre o problema em questão no filme. Nesse sentido podemos até mesmo perguntar: “Ah, será que 2002 saiu daqui?…”. Lembrando que, apesar de termos situações no filme que são completa ficção, a situação citada realmente aconteceu na vida real e não é meramente ficção não.


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Sem querer fazer qualquer trocadilho, mas que caberia perfeitamente neste post, as situações em Ford x Ferrari se desenrolam em alta velocidade, mas nada que traga algum prejuízo aos espectadores. E para quem não é fã de automobilismo isso também não é um problema, muito pelo contrário, isso ajuda e muito o filme de maneira geral, pois como eu disse mais acima é um filme para todo mundo, não apenas para fãs do nicho. E mesmo para quem é fã de corridas de carros o filme tem seu diferencial em relação ao que estamos acostumados a ver na TV ou mesmo in loco, pois como disse o próprio diretor à Motor Trend, ele quis fazer um filme em que nós, espectadores, sentíssemos um pouco a claustrofobia da cabine do piloto junto com a velocidade e o perigo envolvidos. E que também experimentássemos a corrida de uma maneira totalmente diferente do que acontece quando assistimos pela TV.
Como disse Odhara Caroline Rodrigues em seu post no sítio Auto Esporte, várias cenas “se destacam por unir a destreza dos atores com uma direção de cena impecável que mostra o porquê Ford vs Ferrari merece ser apreciado com calma. A edição de som do filme (…) transforma o assistir das cenas em que personagens estão no volante em experiências imersivas.”
A ressaltar: Ford x Ferrari foi o 1º longa-metragem sobre automobilismo a concorrer ao Oscar de Melhor Filme. Logo, mesmo que eu tenha lá meus problemas com a Academia, não creio que para um filme estadunidense os caras seriam demagogos a ponto de ignorarem a ótima história que nos é contada neste filme, junto, é claro, de seus excelentes aspectos técnicos.


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Um outro grande ponto a se destacar, em especial para críticos ou pessoas com análises bem simplistas do filme, é o desafio que foi gravar os eventos ocorridos em Le Mans. Primeiro porque o desenho atual do circuito de Le Mans não é mais aquele da época contada no filme; segundo porque a equipe teve que se preocupar com certos locais do circuito onde os carros passariam (e seus “níveis de sujeira”); terceiro porque além disso ainda teriam que se atentar totalmente à passagem do tempo, já que Le Mans é uma corrida de 24 horas e isso inclui no mínimo em mudanças de luz e turno (manhã/tarde/noite), além de outras condições que essas mudanças trazem consigo; e quarto que, no caso de mudanças climáticas mais drásticas, a equipe também precisaria se preocupar com isso adicionando todos os pontos anteriores.
É claro que aqui são detalhes mais técnicos que para quem não é fã de automobilismo talvez não seja algo de tanto destaque, mas esses detalhes são realmente muito importantes para a história seguir coerente, até porque também o filme é baseado numa situação que realmente aconteceu.


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Antes de finalizar, um recado aos fãs do nicho citando Odhara Caroline Rodrigues novamente: “não se esqueçam de que este ainda é um filme. Baseado numa história real, mas (ainda assim) um filme, em que (alguns) detalhes são deixados de lado pelo bem da narrativa, (além de) momentos históricos (serem talvez mais) dramatizados.”.
E só digo uma última coisa a respeito duma certa situação que quem assistir o filme vai entender: personagem X não levou mas ganhou. E como se diz por aí: entendedores entenderão. =)

Conceito do : RECOMENDADÍSSIMO

 

É isso, ~PYON! =D
E como diz Carroll Shelby logo no começo do filme: “Há um ponto a 7.000 rpm, em que tudo some.”

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CANTINHO DO SENNA 007 – LIGA DA JUSTIÇA DE ZACK SNYDER (Filme Live Action)

Filme Live Action: Liga da Justiça de Zack Snyder
Nome Original: Zack Snyder’s Justice League
País: EUA
Gêneros: Ação / Aventura / Fantasia / Ficção Científica
Ano: 2021
Produtoras: Warner Bros. Pictures / DC Films / Atlas Entertainment / The Stone Quarry
Duração: 4h 02m
Direção: Zack Snyder
Roteiro: Chris Terrio
História: Chris Terrio / Zack Snyder / Will Beall
Produção: Deborah Snyder / Charles Roven
Edição: David Brenner / Dody Dorn
Elenco Principal: Ben Affleck / Henry Cavill / Gal Gadot / Ray Fisher / Jason Momoa / Ezra Miller / Amy Adams / Willem Dafoe / Jesse Eisenberg / Jeremy Irons / Diane Lane / Connie Nielsen / J. K. Simmons

 

Um filme do mundo pós-moderno com 4 horas de duração já é muito raro. Um ótimo filme desse tipo, pode ser mais raro ainda. E um filme com essas duas características, sendo de super-heróis e da DC/Warner Bros., depois de uma década dominada completamente pela Marvel nesse tipo de filme, seria ultra mega raro. Mas, diferente do um tanto quanto decepcionante filme de 2017 (por vários motivos), Liga da Justiça de Zack Snyder consegue cumprir esses três propósitos e finalmente resolve uma equação que sempre pareceu muito difícil para DC e Warner. Vamos ver o que elas farão depois deste, agora sim, digno filme da Liga.

 

SINOPSE: Impulsionado pela restauração de sua fé na humanidade e inspirado pelo ato altruísta de Superman na luta contra o monstro kryptoniano de Lex Luthor, Apocalypse, Bruce Wayne convoca sua nova aliada, Diana Prince, para o combate contra um inimigo ainda maior e recém-despertado. Juntos, eles buscam e recrutam com agilidade um time de meta-humanos, mas mesmo com a formação de uma liga de heróis sem precedentes, o ataque ao planeta Terra ainda pode ser catastrófico.

Para começar qualquer discussão sobre o filme, devo dizer duas coisas:
1 – Liga da Justiça de Zack Snyder não é NEM DE LONGE uma versão estendida do filme de 2017 e não é simplesmente um “corte do diretor” ou qualquer outra coisa, senão UM OUTRO FILME.
2 – Acho que o mundo deveria parar de chamar o filme de “Snyder Cut”, primeiro porque: como pode o corte do Snyder ser de duração igual ou maior que o outro filme?; segundo porque Zack Snyder conseguiu colocar o nome dele no título do filme (algo realmente de um impacto gigante), assim criando ainda mais um motivo para que não lembremos mesmo do filme de 2017…; e terceiro porque esse apelido carinhoso dado anteriormente, agora desqualifica um pouco o filme na minha opinião… Sendo assim eu agora o chamo como está no título deste post.

Eu particularmente não estava nem aí quando soube em 2020 que o filme teria 4 horas. Ano passado vi uma trilogia de filmes com mais de 3 horas e meia de duração para cada filme e, nem liguei para essa coisa de duração das películas. Eu estava muito mais interessado na história que aqueles filmes iriam me contar novamente do que exatamente o tempo que iriam durar (pois eram versões estendidas de uma trilogia que eu já havia assistido anteriormente, mas somente na versão standard). É claro que não assisti nenhum desses filmes de uma vez, foi tudo picotado/parcelado, mas é assim que eu me propus a assistir e foi assim que vi os 3 filmes, tal como me propus a assistir o filme deste post.
E honestamente, para a Liga da Justiça de Zack Snyder, acho que isso não seria/não foi problema para absolutamente ninguém, a não ser que a pessoa tenha nascido de 7 meses ou pôde e quis ver tudo de uma vez… pois o filme saiu na HBO Max e, até onde me consta, ficou lá até 07/04, assim podendo ser assistido em duas, três, quatro ou mais parcelas.
Mas mesmo que fosse no cinema, eu não veria nenhum problema num filme ter quatro horas de duração, mas enfim… Diante disso tudo, foi engraçado como algumas pessoas falaram sobre o filme talvez ser cansativo e, na minha opinião, ele não ter nada de cansativo, muito pelo contrário. Para mim, o que aconteceu foi uma imersão total na história que Snyder finalmente nos contou de maneira integral e senti que as duas primeiras horas do longa passaram como se fossem 20 minutos…
OBS.: em junho o filme volta ao HBO Max.

Dito isso, é claro que há bastante do filme de 2017 neste aqui, afinal, não jogaram simplesmente no lixo as duas horas que foram para os cinemas, mas Snyder trabalhou tão bem este filme que algumas coisas do outro parecem que nem existiram anteriormente, foi uma transformação absurda em algumas partes. Foi uma repaginada em várias cenas, várias situações, onde mais ação, drama e um humor que combina melhor não só com a Liga, mas com a própria DC, foram inseridos.

Acho que a coisa mais legal deste filme, além obviamente do tempo que Snyder usa muito bem para nos contar uma ótima história, muito melhor do que a do filme anterior (que nem se compara, a diferença é realmente drástica), foi a profundidade e desenvolvimento que ele deu aos personagens. Se no filme anterior, um vilão e o herói Ciborgue pareceram meio “bleh” ou não tão convincentes assim como tais, neste filme ambos roubam bastante a cena e são ótimos personagens. Esse vilão supracitado então… está MUITO melhor agora. Honestamente até duvido que um certo amigo meu não tenha gostado desse personagem neste filme (esse amigo deve saber que é dele que estou falando). A direção full de Snyder aqui muda abruptamente a apresentação, personalidade e rumo de alguns personagens dentro do filme, e ainda bem, para muito melhor. Mesmo alguns heróis mais conhecidos pelos olhos de Snyder, como Bruce e Diana, ganharam mais algumas camadas interessantes nesta versão e ficaram muito bons. Aliás, amem ou odeiem, para mim Ben Affleck teve uma ótima atuação como Bruce Wayne. Se ele, Ben Affleck, não foi tão bem há quase 20 anos como o Demolidor no filme homônimo, aqui a experiência parece ter feito diferença para melhor.

Este filme, antes de todo o tino comercial, foi uma demonstração de respeito para com todo o elenco e profissionais que carregavam uma história que não foi contada de forma correta, mas não só para com eles, foi uma demonstração de respeito para com os fãs também. É um filme mais denso, pesado e muito melhor desenvolvido, que entregou basicamente tudo que os fãs gostariam de ter visto há 5 anos. E se alguém vier reclamar que o filme está mais (ou está muito) violento e sanguinolento, eu sinceramente não vou entender… primariamente porque é um filme de luta entre o bem e o mal, onde sabidamente vai ter uma porradaria, logo, violência é algo primário num filme desse tipo, então não vejo qualquer sentido numa reclamação como essa… u_u

Eu não sei se os produtores estão totalmente preocupados com o lucro que poderão alcançar em cima deste filme. E também não se sabe, ou pelo menos nós aqui, “seres terrenos”, não sabemos se ele tem qualquer condição de dar lucro ou ao menos se pagar, haja vista ter sido um lançamento via TV/serviços pagos de streaming/etc., mas o lucro que obtiveram com o primeiro filme serviria para pagar este tranquilamente e ainda sobraria bastante.
O que acho e espero disso tudo é que os produtores estejam MAIS preocupados com a recepção deste agora sim ótimo filme, com a cara da DC e da Warner, para que um universo de outros bons filmes (em especial mais uns dois da própria Liga) sejam feitos sem essa besteira de limite de tempo (fato muito importante negativamente na produção do filme de 2017). Sei que existe uma pressão comercial grande, pois se um filme de 4h puder ser dividido em dois com o padrão de duas horas, ótimo, é isso que os produtores/investidores vão querer fazer, mas como disse Deivid Alvino a respeito deste filme “O que vale mais: o negócio ou a arte?”. Como ele mesmo respondeu “não podemos ser hipócritas, sem lucro não há porque investir em um projeto”, mas o maior problema é quando a visão do lucro supera a arte e o filme sai uma titica, um filme ruim ou uma coisa cuja expectativa criada era de que seria algo grandioso e que a maioria o classifica como apenas razoável…
Então, antes de simplesmente retalharem o filme para que ele caiba numa sessão de duas horas, que trabalhem direito e façam dois BONS filmes em vez de um… Comercialmente, hoje é muito difícil de um filme como este aqui sair nos cinemas, mas enfim, que bom que a luta dos fãs valeu a pena. Ótimo filme!

É claro que o filme não é perfeito, e eu particularmente vi apenas, o que considerei, uma única coisa MUITO forçada dentro do filme, logo no começo, contudo não é algo para se preocupar muito, haja vista que a situação ocorreu mais para “apresentar” um personagem salvando pessoas e ajudando os terráqueos, além de fazer uma pequena ponte com outra situação, do que qualquer outra coisa. Isso não impacta muito de maneira direta e negativamente na história do filme.

Como disse Márcio Jangarélli no sítio Legião dos Heróis, Liga da Justiça de Zack Snyder é claramente algo que “Vez ou outra, na cultura pop, surge e que mobiliza toda uma legião de fãs, seja para apoiar com unhas e dentes uma causa ou para enterrar alguma coisa ou alguém no limbo do esquecimento.”.
Ainda que ele, Márcio, assim como muitas pessoas estejam bastante preocupadas com o impacto deste filme na produção de cinema, acho que todos os verdadeiros fãs da Liga da Justiça, seja por conta dos quadrinhos, do antigo desenho Super Amigos ou do ótimo desenho da Liga nos anos 2000, acreditam firmemente que esta versão de Liga da Justiça se fazia necessária.

Aqui não temos uma “cópia” das produções da Marvel ou uma tentativa de fazer algo parecido, como muito me pareceu o filme de 2017, aqui temos um filme totalmente independente dessas e outras amarras, aqui temos uma Liga da Justiça mais crível, um filme mais sombrio como deveria realmente ser, e temos um humor mais de acordo e característico com o que são os seus heróis. O Flash é o herói mais usado como alívio cômico? Sim, ele é, mas não de maneira exagerada ou forçada (como foi feito antes para o filme também talvez se parecer com os filmes da Marvel…), ele é bem mais sério nesta versão. Enfim, como disse mais acima, Liga da Justiça de Zack Snyder é outro filme. E diferente do que achei de Batman x Superman e do que achei do filme de 2017, que num resumo bem sintetizado, eu diria que foram filmes OK e de “tiro, porrada e bomba”, Liga da Justiça de Zack Snyder é realmente, e no mínimo, um ótimo filme. Aliás, como falou o internauta Guilherme Schumann “este filme deu mais sentido ao Batman x Superman”, e sendo assim talvez algumas pessoas mudem um pouco de opinião a respeito daquele filme, apesar de eu achar que um filme, mesmo fazendo parte de uma franquia ou universo, deve se sustentar minimamente por si só. Enfim, as quatro horas gastas para ver esta obra valeram totalmente a pena. Como bem disse um outro internauta chamado Danilo Bastos “Brincadeiras à parte com o título do filme, justiça foi feita”. =D

O que desejo por fim é que Snyder continue à frente da Liga, pois por tudo que vimos até aqui, parece que ele realmente é O cara que os fãs da Liga da Justiça esperavam para dirigir os tão esperados filmes live actions da franquia. Acho que conforme disse o internauta Welton Chigeta sobre o diretor “O bichão é sensível demais e, real e definitivamente, ele GOSTA do universo da DC! Não vê as obras meramente como caça-níqueis.”. Dito isso, depois de ver outros filmes anteriores, como o da Mulher-Maravilha, e agora mais especialmente este aqui, é o que parece mesmo. Sendo isso verdade ou não, acho que algo que todo fã da Liga gostaria de fazer agora com o Zack para agradecê-lo por este filme, caso o encontrasse por aí, mas não pode por causa da pandemia, é algo simples como na cena abaixo. Espero que possamos voltar a fazer isto pelo menos com aquelas pessoas mais queridas para nós, tão logo isto seja possível. =)

 

Conceito do : RECOMENDADÍSSIMO / RECOMENDADO a qualquer fã da Liga da Justiça.

É isso, ~PYON! =D
E assim como Bruce Wayne, eu também gostaria de poder dizer: “Eu sou rico!”

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CANTINHO DO SENNA 004 – CURTINDO A VIDA ADOIDADO (Filme Live Action)

Filme Live Action: Curtindo a Vida Adoidado
Nome original: Ferris Bueller’s Day Off
País: EUA
Gêneros: Comédia, Aventura
Ano: 1986
Duração: 1h 42m
Direção: John Hughes
Roteiro: John Hughes
Produção: John Hughes / Tom Jacobson
Produção Executiva: Michael Chinich
Edição: Paul Hirsch
Elenco Principal: Matthew Broderick / Mia Sara / Alan Ruck / Jeffrey Jones / Jennifer Grey / Charlie Sheen / Kristy Swanson / Edie McClurg / Cindy Pickett / Lyman Ward

 

Mês passado eu ouvi um podcast sobre NFL e numa parte já fora da esfera esportiva, os caras comentaram sobre este filme e que a Rede Globo sempre passou/passa este filme no período de férias. Isso me fez lembrar do quão clássico é este filme e como era mais um daqueles clássicos que eu ainda não tinha visto, assim como ainda permanece por exemplo a trilogia De Volta Para o Futuro.
Puxando conversa com meu amigo @Lucas num sábado pela manhã, perguntei para ele se por acaso ele já havia assistido o filme e ele disse que sim, algumas vezes na Globo. Aí eu disse “é um filme clássico que acredite ou não eu nunca vi”, e aí ele falou “Aproveita hoje então, vai passar de tarde”. Ou seja, por total coincidência do destino, justamente na tarde daquele dia (16/01/2021) o filme iria passar na Sessão de Sábado na Globo. Devo frisar ainda que realmente os caras do podcast têm razão, ao que parece “a Rede Globo sempre passou/passa este filme no período de férias”. rsrs
E assim, depois de 35 anos, já que o filme é de 1986, eu finalmente vi esse clássico que custou 6 milhões de dólares e arrecadou 70! O que me lembrou bastante o primeiro Mad Max nesse sentido… (só para fins de informação e curiosidade, Mad Max custou 400 mil dólares e arrecadou 100 milhões…O_O!)

 

SINOPSE: Num belo dia de sol o adolescente Ferris Bueller decide sair da rotina e engana seus pais fingindo estar doente para poder matar as aulas nesse dia. Ele convence sua namorada, Sloane, e seu melhor amigo, Cameron, a se juntarem a ele num passeio até Chicago, usando a Ferrari do pai de Cameron. Mas nem tudo é perfeito: apesar de não ter provas contra Ferris, o diretor da escola sabe que Ferris está mentindo e vai literalmente à caça dele.

O filme se desenrola numa velocidade muito boa, algo muito bom por parte da direção, que por sinal é bem experiente nesse tipo de filme. Como dizem por aí, John Hughes é o rei dos filmes de adolescentes dos anos 80 e sabia bem o que funcionaria neste filme tão bem falado. Não vi nada de cansativo, mesmo para um filme já um tanto quanto antigo.

Os principais personagens têm personalidades bem interessantes, mais especialmente pelo Ferris e pelo Cameron, que são uma dupla de amigos como podemos ter inúmeras mundo afora. Um mais “deixa a vida me levar” e outro mais responsável, que se opõe inicialmente às “maluquices” do melhor amigo, mas que no fim acaba cedendo aos apelos dele. Eu mesmo, você que está lendo este post, e quaisquer duplas de adolescentes por aí, talvez já tenhamos sido mais ou menos que nem Ferris ou que nem o Cameron (ou mesmo hoje ainda podemos ser assim). É claro, guardadas as devidas proporções, né? Afinal, eu não seria o protagonista, e muito menos o Cameron, em se tratando de uma Ferrari…
Sloane é uma personagem que tem o seu brilho dentro da trama, apesar de suas ações serem muito motivadas pelo Ferris, já que ela se deixa levar por ele, gosta muito dele e confia muito nele também. No fim do filme isso fica muito claro. Apesar disso, ela também tem espaço para mostrar o seu lado mais meigo e carinhoso, não apenas com Ferris, mas também como amiga para com Cameron. Acho que ela tem um destaque certo na trama, nem mais nem menos.

Originalmente, o título do filme leva o nome do protagonista, então é lógico que ele é a grande estrela, e muitos dizem ser a melhor atuação da carreira de Matthew Broderick. Mesmo não tendo visto todos os filmes em que Broderick atuou, realmente dá para dizer que sim, foi uma atuação notória.
Outros destaques são o diretor Rooney, cuja atuação foi excelente por parte de Jeffrey Jones; Jennifer Grey como Jeanie (irmã de Ferris); e Charlie Sheen como “um jovem delinquente na delegacia”…kkk, siimmm, ele mesmo!… Fiquei deveras surpreso ao vê-lo nesta película, e mais abaixo na parte com spoilers eu falarei um pouco mais sobre ele.

O filme tem um mix eclético de sucessos musicais, mas o grande hit do filme é a clássica música dos Beatles Twist and Shout, e para quem já assistiu o filme sabe o porquê. Na minha opiniãio, diante desse clássico do rock mundial, as outras músicas passam um tanto quanto despercebidas. Mas isso não é nenhum demérito para o filme, é apenas uma opinião mesmo.

Para quem só assistiu este filme 35 anos depois, inconscientemente o monstro da expectativa apareceu, pois de tanto falarem deste clássico, achei que seria um filmaço, um filme 10/10 como às vezes dizem por aí, mas não é exatamente o caso. O filme tem seus probleminhas aqui e ali, uma coisinha ou outra um pouco forçada (que vou até falar mais abertamente na parte com spoilers), mas no geral ainda assim é um filme muito bom, valeu a pena sim finalmente vê-lo e eu gostei do filme.

Curiosidade 1: eu achei bem legal e engraçado o título de Portugal para este filme, que ficou como O Rei dos Gazeteiros. E já que gazeteiro em pt-pt significa matador de aulas, acho que fez total sentido, aliás na minha humilde opinião fez mais sentido que o nosso título BR.

Curiosidade 2: muito antes de Deadpool, por exemplo, quebrar a quarta parede, vários outros filmes fizeram isso, e até onde me consta Curtindo a Vida Adoidado foi o primeiro deles a quebrar beeemmm essa quarta parede. Diz-se por aí que é o filme mais lembrado nesse quesito. O diretor nos transforma em cúmplices do dia de folga do protagonista. Pelo que sei, no filme O GRANDE ROUBO DO TREM, que veio muito antes, em 1903, também há a quebra dessa barreira, mas nada nem de longe comparado ao filme aqui apresentado.

Curiosidade 3: muito antes dos filmes da Marvel começarem a fazer cenas pós-créditos filme atrás de filme, deixando inclusive o recurso até clichê, Curtindo a Vida Adoidado também já havia feito isso.

Conceito do : RECOMENDADO

 

É isso, ~PYON! =D
E parafraseando o “filosófico” Ferris neste bom filme “A vida passa rápido demais, então de vez em quando pare para vivê-la.”

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SHINZO Fansub, corrigindo SEUS erros através da penetração
e aumentando a qualidade dos animes distribuídos no Brasil!!”

 

 

AVISO: A partir deste ponto, ESTE POST (e possíveis comentários) CONTERÁ SPOILERS!

Sobre o Charlie Sheen, o mais curioso e irônico é que ele faz um papel que teve muito a ver com o futuro dele na vida real… como disse o @Lucas quando comentamos sobre o filme naquele mesmo sábado, pareceu uma “profecia”…
Bem, o personagem dele, apesar de aparecer pouco tempo na trama, dá um baita conselho à Jeanie, que poderia ser mais usado na vida real por algumas pessoas que se preocupam demais com a vida dos outros e coisas do tipo: “o problema é com você, que está mais preocupada com o seu irmão do que com suas próprias coisas…”. Apesar de entender o sentimento da Jeanie acerca de algumas coisas, em várias situações ela poderia “lavar as mãos” e deixar rolar…

Bem, alguns probleminhas que o filme tecnicamente carrega (ou não, dependendo da sua opinião…hehe):
– A situação do restaurante chique onde o trio de protagonistas almoça é um pouco forçada, mas achei que pode ser algo passável/”engolível”…
– Algumas pessoas podem achar toda aquela situação da Parada um tanto quanto forçada, ou muito forçada, mas eu achei apenas maluco e legal, não vi nada de forçado naquilo não;
– As peripécias dele em relação à campainha da casa, porta do quarto e cama, etc., eu vi como totalmente tranquilas dentro do contexto do filme, mas algumas pessoas podem achar que tudo isso era impossível ou improvável de se fazer e tive que colocar aqui. Mas na minha visão era perfeitamente possível o Ferris fazer tudo aquilo, até porque também ele calculou tudo antes minuciosamente, e havia riscos de descobrirem, tanto que o diretor Rooney descobriu a situação da campainha, então isso validou ainda mais todas as peripécias que ele fez.
– E a corrida no final do filme. Esse sim o grande ponto negativo do filme tecnicamente, pois o problema aqui não é exatamente a corrida em si, mas o fato dele parecer limpinho e sem suar uma mísera gota ao deitar na cama… Achei que poderiam perfeitamente desenrolar toda essa parte, de quando ele entra em casa até deitar na cama, de outra maneira bem melhor. Inclusive a cena pós-créditos vai muito ao encontro do que eu pensei sobre isso…rsrs